A XP Investimentos fechou a incorporação de outra corretora carioca, a Prime, do ex-presidente da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro Carlos Alberto Reis. Trata-se de um acordo operacional que prevê a divisão dos resultados em partes iguais.
A vantagem para a Prime, de acordo com Guilherme Benchimol, sócio da XP, estaria na economia de custos. "Uma corretora para operar, hoje, tem um custo fixo de cerca de R$ 1 milhão por mês", diz Benchimol. "A Prime ganha mais com esse acordo do que se vender o negócio, simplesmente."
O executivo diz que o interesse da XP é na carteira de clientes da Prime que, segundo Benchimol, tem 500 investidores com R$ 500 milhões sob custódia. "São clientes private e nós não tínhamos essa especialidade", defende. "O passado da corretora pouco me interessa", diz ele, em referência ao resultado financeiro da incorporada.
A XP Investimentos é líder no mercado de "home broker" - negociação via internet de ações -, com 27% de participação de mercado no varejo. No ano passado, incorporou as corretoras Senso e Interfloat, além do site de análises gráficas Leandro & Stormer e do portal de informações financeiras InfoMoney.
Benchimol rebate as críticas de que a meta da XP seria a de fazer volume para aparecer bem no ranking de negociações da BM&FBovespa - para melhorar a performance da prometida abertura de capital. "Esse é um negócio de escala", afirma. "Só temos um caminho, que é crescer". O plano de lançar ações em bolsa continua de pé, segundo ele, mas vai depender das condições do mercado.
Benchimol ressalta que a estratégia não é ser só uma corretora, mas um "shopping de investimentos". Mas nesse caminho esbarra em grandes concorrentes, as aplicações oferecidas pelos bancos. Por isso, a XP planeja investir entre R$ 10 milhões e R$ 20 milhões este ano em uma campanha publicitária nacional para divulgar a marca. "Vamos ensinar que, antes de investir, é preciso comparar." Por Aline Lima
Fonte:Valor30/01/2012
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